Após 50 mortes em 2019, alguns estados tiveram que antecipar o início da vacinação por causa de surtos imprevistos.
Começa nesta quarta-feira (10) a campanha nacional de vacinação contra a gripe, destinada a grupos de pessoas mais vulneráveis ao vírus. A mobilização vai até 31 de maio em todo o país.
De acordo com o Ministério da Saúde, nos primeiros dias da campanha – entre 10 e 18 de abril – serão priorizadas as crianças e gestantes. Para os que se enquadram em outras categorias, a vacinação será oferecida a partir de 22 de abril.
O lançamento oficial da campanha acontece na manhã desta quarta em Porto Alegre, onde o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, cumpre agenda durante o dia.
Também nesta quarta serão divulgados o número de doses e as metas da campanha. Em 2018, foram adquiridas 60 milhões de doses.
Vacina da gripe é eficaz? Tire dúvidas
50 mortes em 2019
Até março deste ano já foram notificados 232 casos de influenza e a morte de 50 pessoas no país. Alguns estados tiveram que antecipar o início da campanha por causa de surtos imprevistos de gripe. No Amazonas, por exemplo, a vacinação começou em 20 de março.
Podem receber a vacina gratuitamente:
Crianças de 6 meses a 5 anos de idade;
Gestantes e puérperas, isto é, mães que deram à luz há menos de 45 dias;
Idosos;
Profissionais de saúde, professores da rede pública ou privada, portadores de doenças crônicas, povos indígenas e pessoas privadas de liberdade;
Portadores de doenças crônicas (como HIV) que fazem acompanhamento pelo SUS também têm direito à vacinação gratuita.
A campanha se concentra neste período do ano porque a queda das temperaturas no outono e no inverno tende a aumentar as aglomerações de pessoas em lugares fechados e sem ventilação. São maiores também os riscos de se pegar a doença, pois a contaminação ocorre principalmente por meio do contato com outras pessoas doentes.
A gripe diminui a imunidade da pessoa gripada e pode levar a infecções virais ou bacterianas. Em casos extremos, pode levar à morte.
A vacina não causa a gripe. Ela permite que o paciente fique imune aos tipos de vírus mais comuns em circulação sem ficar doente.