Se você é daqueles que não têm muita paciência para aprender um segundo idioma, temos um bom estímulo para você começar. Uma pesquisa realizada pela Catho, site de busca de empregos, mostra que os profissionais que dominam o inglês chegam a ter salários até 61% maiores quando comparado com o de outras pessoas que exercem a mesma função, mas não dominam uma segunda língua.
“A qualificação é fundamental para conseguir destaque na carreira. Falar um segundo idioma é o primeiro passo para conseguir atingir os objetivos na vida profissional”, explica o diretor da Catho Educação, Cristóvão Loureiro. Nas multinacionais, por exemplo, falar outro idioma é pré-requisito até para os trainees, que passam por seleções e provas de proficiência.
Profissional de Relações Internacionais, Joana Avena informa que na Bahia os principais segmentos que exigem uma segunda língua são engenharia, indústria, tecnologia da informação (TI), turismo e hotelaria. “É fundamental que o profissional dessas áreas saiba um segundo idioma também para crescer na empresa. Especialmente nas áreas de engenharia e indústria, que é obrigatório ter inglês para chegar ao cargo de gerência”, explica.
Ainda segundo a Pesquisa Salarial da Catho, em cargos de diretoria, a diferença de salário entre alguém que fala inglês fluentemente e outro que não tem essa habilidade é de 42%. Para os cargos de gerência e supervisão, a diferença é de 57%, 43%, respectivamente. Quanto mais alto o nível hierárquico, maior o percentual de pessoas que dominam o idioma, mostra o estudo.
Quem ocupa cargos de níveis júnior/pleno/sênior ou exerce funções de assistente, auxiliar e operacionais, tem salários 45% e 18% maiores, respectivamente. O coordenador acadêmico do ACBEU, Roberto Herrera, classifica o idioma como mais familiar entre as pessoas. “Atualmente cada 10 falantes de inglês apenas 3 são realmente são nativos”.
Outros idiomas
A pesquisa da Catho também levou em consideração o impacto do conhecimento de espanhol na remuneração dos profissionais. Segundo o estudo, no nível de gerência, um trabalhador fluente no idioma pode ganhar até 52% a mais do que um que tem apenas o conhecimento básico. Já para um especialista técnico, a diferença salarial com base na fluência em espanhol chega a 71%, segundo a Catho.
Para além do inglês e do espanhol, outros idiomas também ganham atenção. “A China vem se estabelecendo como a segunda fábrica mais forte em todo o mundo na atualidade. A Apple, por exemplo, é norte-americana, mas a fabricação dos produtos é de origem chinesa. Ou seja, aprender mandarim pode abrir muitas portas”, explica Litelton Pires.
Contudo, de acordo com Isaías Sales, supervisor de um centro de idiomas em Salvador, 75% dos alunos ainda procuram o inglês. Outros 15% escolhem o francês, 6% o alemão e apenas 4% o espanhol. “O motivo da procura varia desde melhorar a fluência, buscar diferenciação no mercado de trabalho até potencializar as habilidades para conseguir a vaga de emprego”, enumera.