Responsáveis por ensinar, transmitir conhecimento e formar profissionais. Essas são algumas das funções realizadas pelo professor. Mesmo com tantos atributos importantes, a carreira não é bem reconhecida e o magistério é uma das profissões mais mal remuneradas e desvalorizadas do país. Prova disso são os dados que foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) que mostram que os professores ganham 25% a menos que profissionais de outras áreas.
O piso salarial de um professor – valor mínimo a ser pago para profissionais em início de carreira – é de R$ 2.298,80. Em 2017, os salários brutos mais altos constatados eram os do Distrito Federal, R$ 6.661,07 e de Roraima, R$ 4.743,04. Os menores eram os do Ceará e Alagoas que variavam em média entre R$ 2.500 a R$2.700. Porém, entre as metas do Plano Nacional de Educação (PNE), sancionado por lei em 2014, está equiparar, até 2020, o rendimento médio bruto mensal dos professores de nível superior com o dos demais profissionais de formação equivalente.
Ser professor ou não?
É bem complexo o universo que compõe a valorização desse profissional na sociedade. As dúvidas para quem pensa em ingressar na profissão vão desde prestigio social, condições ideais no ambiente de trabalho até a remuneração. Por esses e outros motivos, caiu também o percentual de alunos que desejam ser professores.
O relatório Políticas Eficazes para Professores, baseado na resposta de estudantes de 15 anos no questionário do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), mostrou que a porcentagem de estudantes que querem ser professor passou de 5,5% em 2006 para 4,2% em 2015. O relatório foi divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
A estudante de Pedagogia Beatriz Santana não se enquadra nesse percentual. Ser professora sempre foi o seu sonho e isso foi se confirmando mais ainda após ter sua primeira filha. “Sempre tive vontade de cursar Pedagogia e com ajuda dela eu vi que realmente tinha aptidão para isso”. Apesar de ser uma apaixonada pela sala de aula, Beatriz concorda com a pesquisa. “Percebo este desinteresse em sala de aula. Na minha turma, tem pouquíssimos alunos e eu sinto que esse número é influenciado pela questão salarial”.
Remuneração é algo que não faz diferença para Beatriz. Ela reconhece que a profissão não é valorizada mas explica que a sua escolha tem muito mais a ver com a questão sentimental. “Eu escolhi ser pedagoga por amor”, define. Desde quando começou sua graduação – ela agora cursa o segundo semestre – sente que fez a escolha certa. “Eu nunca mudaria de escolha e as especializações podem valorizar muito um trabalho”, concluiu.
Se, assim como Beatriz, você também deseja seguir na área da Pedagogia, saiba que pode contar com o maior programa de inclusão educacional do país. Acesse o site do Educa Mais Brasil, confira as possibilidades e as bolsas de estudo disponíveis para sua região.