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Risco de conjuntivite é maior no Verão; veja quais cuidados tomar

Queridinho dos baianos, o Verão é a estação onde, além de sol e calor, aumenta também a incidência de conjuntivite. A informação é da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que diagnosticou, em 2017, 1.369 casos da doença em Salvador. De acordo com a gerente do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs), Cristiane Cardoso, esse número pode ser ainda maior.

“Como não é uma doença de registro específico obrigatório, nós fazemos o acompanhamento em apenas quatro Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da cidade. Os 1.369 casos são referentes a estas unidades, então, pode ser que tenha sido ainda maior”, afirmou Cristiane, acrescentando que não há informações sobre o registro da doença em 2018.

Isso não impediu a presença do governador do estado, Rui Costa, na ‘lista’ de vítimas da enfermidade neste Verão (ver abaixo).

Ainda segundo a gerente do Cievs, os riscos são maiores no Verão em função das condições climáticas e dos hábitos da estação. “É quando a gente transpira mais, tem mais acesso à praias, piscinas. Quando, naturalmente, ficamos mais expostos, então, as pessoas precisam ter mais atenção neste período”, explicou Cristiane.

Cuidados

A Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO) também recomenda que até o dia 28 de março, quando termina o Verão, as pessoas tenham atenção redobrada nos cuidados com os olhos. Presidente da entidade, Armando Crema destaca que no período mais quente, “os raios UV (Ultravioleta) chegam com mais intensidade, podendo provocar problemas oculares, como pterígio e ceratite”.

Crema recomenda evitar ambientes fechados e aglomerações. Em caso de alguém na família com sintomas de conjuntivite, deve-se separar a roupa de cama e banho, lavando-a separadamente, e procurar o oftalmologista aos primeiros sintomas.

Para evitar problemas com os olhos, é importante também o uso de bonés e chapéus, óculos de sol de qualidade, com as proteções UVA e UVB. Uma lente escura de má qualidade pode comprometer a visão, piorando os efeitos dos raios ultravioletas.

Em muitos dos casos, não é possível saber se os óculos escuros possuem os filtros necessários, por isso a SBO recomenda, em caso de dúvidas, que os usuários solicitem às óticas que façam a medição dos filtros.

As manifestações como olhos vermelhos, com sensação de areia e fotofobia (desconforto com a luminosidade) indicam quadros como ceratite de exposição, decorrentes de exposição prolongada às radiações solares.

O ideal é evitar a exposição em excesso ao sol, principalmente em estados onde vigoram o horário de Verão. Crianças só devem se expor ao sol até as 10h ou depois das 17h, sempre com óculos, bonés, chapéus e filtros solares.

Conforme a SBO, as doenças oculares de Verão não causam morte, com exceção aos casos de tumores malignos, que são raros, devido ao efeito cumulativo de radiação. No entanto, podem provocar problemas oculares sérios e cegueira.

De acordo com a SMS, a conjuntivite pode ser alérgica, bacteriana e viral. Apenas no tipo alérgico, não há o risco de contágio. “A doença não é transmitida pelo ar, mas é importante tomar cuidados básicos, especialmente no verão. Lavar as mãos com alguma frequência, não coçar os olhos”, orientou Cristiane Cardoso.

Em Salvador, a SMS acompanha os registros apenas das UPAs Hélio Machado, em Itapuã; Rodrigo Argolo, no Cabula; Alfredo Boreau (12º Centro de Saúde), na Boca do Rio e Maria Conceição Imbassahy (16º Centro de Saúde), na Liberdade

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