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Governo do RJ diz que 80 mil famílias estão em área de risco

Witzel culpou ‘décadas de abandono’ de prefeituras e criticou ocupação ‘totalmente desordenada’. Cinco pessoas morreram durante o temporal que atingiu a cidade na noite desta quarta (7).

O governador do Rio de janeiro, Wilson Witzel (PSC), afirmou, nesta quinta-feira (7), que há cerca de 80 mil famílias em situação de risco no Rio de Janeiro, segundo um levantamento da Defesa Civil. O temporal que atingiu o Grande Rio deixou cinco pessoas mortas, provocou deslizamentos, bolsões d’água e quedas de árvores. Witzel ainda culpou as prefeituras passadas pelo o que chamou de “abandono”.

“Sobrevoei a área e pude constatar, de Guaratiba até o início da Niemeyer, é que toda encosta tem uma ocupação desordenada. Isso é fruto do abandono da organização urbanística das cidades, especialmente da cidade do Rio. Se fechou os olhos para ocupação desordenada e o resultado, infelizmente, são essas tragédias que estamos assistindo”.

Segundo ele, é necessário um Plano Diretor para solucionar a questão da urbanização inadequada. “É preciso ter, definitivamente, um Plano Diretor para tirar as pessoas de alto risco e ter uma urbanização mais adequada. O poder público municipal das cidades tem que fiscalizar e ficar atento a essas áreas de risco.”

Outro medida para solucionar a situação, segundo ele, é não permitir a ocupação “totalmente desordenada”, que causa desmatamento e risco de deslizamento.

Questionado se via responsabilidade da atual gestão, ele disse que o problema é antigo. “O abandono não é de 2016 para cá, é de décadas. Pouco se fez para evitar que essas construções irregulares avançassem. O que assistimos foram décadas de abandono. Nos últimos anos se preocupou em gastar rios de dinheiro, pra favorecer especialmente a corrupção, e a população ficou desassistida”, afirmou.

O governador garantiu que a Defesa Civil estava monitorando, desde a manhã de quarta-feira (6), todo o movimento climático. “Várias sirenes foram acionadas e várias medidas foram tomadas pelos prefeitos”, disse ele, apontando para o trabalho do Estado de complementar a ação das defesas civis municipais.

Witzel enfatizou que a fiscalização é uma das principais medidas para evitar novas tragédias. “É preciso que os prefeitos façam seu dever de casa. Eles têm que fiscalizar, notificar, retirar essas pessoas e planejar novas áreas de expansão imobiliária. Eu estou fazendo a minha parte”, disse em alusão à criação da Câmara Metropolitana.

Cinco pessoas morreram e uma estava desaparecida até as 13h desta quinta depois que a forte chuva atingiu o Grande Rio. O temporal chegou acompanhado de ventania causou apagões, derrubou árvores, alagou vias e fechou a Avenida Niemeyer, onde um trecho da ciclovia desabou.

Dois ônibus foram atingidos por deslizamento de terra e árvore na Avenida Niemeyer. Em um deles, uma mulher morreu e outra pessoa é procurada. A mulher que morreu estava sentada atrás do banco do motorista, que conseguiu sair do veículo e teve escoriações. Com a força do deslizamento de terra, o ônibus foi jogado contra a mureta da avenida e invadiu a ciclovia.

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